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    Se você investe em TAEE11, KLBN11, SANB11... assista esse vídeo!

    Valuable insights

    1.Isenção de R$ 20.000 e Units: A regra de isenção mensal de R$ 20.000 para ganhos de capital em ações pode não se aplicar a Units, que são pacotes de ativos.

    2.Composição das Units: Units, como TAEE11, são um pacote que geralmente inclui uma ação ordinária e duas preferenciais, diferindo da classificação de ações individuais.

    3.Classificação Fiscal das Units: A Receita Federal e o manual do REV classificam Units como Certificados de Depósito de Ações, excluindo-as explicitamente da isenção fiscal de ações.

    4.Defasagem da Faixa de Isenção: O valor de isenção de R$ 20.000 não é atualizado desde janeiro de 1996, estando significativamente defasado em termos de poder de compra atual.

    5.Desmembramento como Alternativa: É possível solicitar o desmembramento das Units em suas ações componentes (ordinárias e preferenciais) para se enquadrar na regra de isenção ao vender.

    6.Liquidez e Desmembramento: A liquidez das ações ordinárias e preferenciais pode ser muito menor que a das Units, exigindo análise cuidadosa do spread antes de solicitar a separação.

    7.Ferramenta REV para Cálculo: O REV calcula automaticamente o imposto devido, evidenciando a cobrança sobre vendas de Units com lucro, mesmo que o somatório mensal seja inferior ao limite.

    A Regra de Isenção Fiscal de R$ 20.000

    A legislação fiscal brasileira estabelece uma faixa de isenção para ganhos de capital provenientes da venda de ações no mercado à vista. Se o somatório total das vendas realizadas em um mês for inferior a R$ 20.000, todo o lucro obtido fica isento de tributação. Contudo, essa regra, que historicamente beneficiou o investidor pessoa física, enfrenta um questionamento sério quando aplicada a ativos conhecidos como Units, que representam a união de diferentes classes de ações sob um único código de negociação.

    O Risco de Perda da Isenção para Units

    A principal preocupação reside no fato de que, ao que tudo indica, essa isenção estaria com os dias contados para investidores que possuem em carteira ativos que terminam com o número 11, as chamadas Units. Se o fisco não considerar esses pacotes como ações para fins de isenção, qualquer ganho de capital gerado na venda de Units, mesmo que abaixo do limite de R$ 20.000, estaria sujeito à tributação imediata, alterando drasticamente a estratégia de muitos investidores.

    Basicamente, essa interpretação dúbia deixou os investidores tomarem as melhores decisões de acordo com a sua devida interpretação.

    Como as Decisões de Investimento Foram Afetadas

    Essa ambiguidade gerou dois grupos distintos de investidores. Um grupo acreditava que as Units eram, em essência, ações e, portanto, usufruíam da isenção, nunca recolhendo imposto sobre o lucro. O outro grupo, mais cauteloso, tratava as Units como instrumentos distintos e efetuava o pagamento dos impostos devidos, seguindo uma interpretação mais restritiva da norma.

    Entendendo as Classes de Ações

    Ao adentrar o mercado acionário, o investidor se depara com diferentes classes de ativos. Primeiramente, existe a ação ordinária, identificada pelo número três ao final do ticker. A posse de uma ação ordinária confere ao acionista o direito ao voto nas assembleias, sendo que o peso desse voto é proporcional à participação acionária detida na companhia, alinhando o pequeno investidor com os controladores.

    Classe
    Final do Ticker
    Direito Principal
    Ordinária (ON)
    3
    Direito a voto
    Preferencial (PN)
    4
    Preferência no recebimento de dividendos
    Unit
    11
    Pacote de ON e PN

    A Estrutura de um Pacote Unitário

    As Units representam um pacote padronizado negociado em bolsa. Ao adquirir uma Unit, por exemplo, a TAEE11, o investidor está comprando simultaneamente uma ação ordinária e duas ações preferenciais em um único ativo. Essa composição foi confirmada ao acessar o site da B3, onde é possível verificar que tickers como BPAC11 também seguem essa estrutura de junção de ordinárias e preferenciais.

    A Ambiguidade Fiscal das Units

    Devido ao fato de a Unit ser uma combinação de ações ordinárias e preferenciais, muitos investidores historicamente interpretaram que tais ativos estariam incluídos no escopo da isenção de vendas de até R$ 20.000 mensais. Afinal, a compra envolvia ações. No entanto, uma interpretação técnica oposta sempre existiu, baseada na natureza jurídica do ativo.

    Units como Certificados de Depósito

    A visão técnica argumenta que as Units não são classificadas estritamente como ações, mas sim como Certificados de Depósito de Ações (CDA). Como a Instrução Normativa que define a isenção é precisa ao mencionar a validade da regra apenas para as ações, essa classificação técnica impedia que as Units fossem enquadradas no benefício fiscal, gerando a divergência interpretativa observada no mercado.

    As units não eram classificadas como ações, elas sempre foram classificadas como certificado de depósito de ações.

    O Princípio da Igualdade de Direitos

    O Estatuto Social de algumas empresas, como a Taesa, esclarece que os titulares de Units possuem os mesmos direitos e vantagens das ações subjacentes. Isso significa que quem detém uma Unit tem direito ao voto proporcional da ordinária contida no pacote e preferência no recebimento de dividendos das duas preferenciais. Essa equivalência de direitos reforçava a crença de que a isenção deveria ser aplicada.

    O Papel do REV e a Confirmação Oficial

    A discussão sobre a tributação das Units ganhou força renovada com o lançamento do REV, uma calculadora desenvolvida em parceria entre a Receita Federal e a B3 para auxiliar no cálculo do imposto devido por investidores. Os usuários começaram a notar que, ao realizar a venda de Units com ganho de capital, o REV indicava o imposto a ser pago, mesmo quando o somatório das vendas ficava abaixo do limite de isenção de R$ 20.000.

    Manual do REV Reforça a Exclusão

    Uma matéria jornalística enfatizou a classificação oficial das Units, e o manual de utilização do REV, publicado no portal ECAC, reforçou o entendimento de que os certificados que reúnem diferentes ativos de uma companhia não se enquadram como ações para fins fiscais. Ao consultar o manual, é visível a separação clara entre ativos classificados como ações e aqueles classificados como certificados de depósito de ações, que são as Units.

    • A isenção aplica-se a ganhos líquidos em operações efetuadas com ações no mercado à vista de bolsa de valores.
    • A regra é válida se o total das alienações do ativo no mês não exceder o montante de R$ 20.000.

    Apesar da clareza do Artigo 59 da Instrução Normativa, a divergência persistiu. O investidor que focava na composição do pacote (ON + PN) defendia a isenção, enquanto a interpretação literal do termo 'ações' no texto legal excluía as Units. O risco de não pagar o imposto devido, caso a Receita Federal confirme a exclusão, é a incidência futura de juros e multas sobre o valor não recolhido.

    Defasagem, Soluções e Análise de Liquidez

    É fundamental notar que a faixa de isenção de R$ 20.000 é considerada completamente defasada. Esta instrução normativa entrou em vigor em janeiro de 1996, e o valor nunca foi corrigido. Em termos de poder de compra atual, os R$ 20.000 de 1996 equivaleriam a aproximadamente R$ 118.000 nos dias atuais, evidenciando a necessidade de atualização legislativa.

    A Estratégia de Desmembramento de Units

    Para investidores que detêm Units e desejam se enquadrar na isenção ao vender, existe a possibilidade de solicitar o desmembramento do ativo na corretora. Este processo transforma o pacote Unit em suas ações constituintes: uma ordinária e duas preferenciais. Para que isso seja possível, a empresa deve permitir tal movimentação, o que deve estar claramente estipulado no Estatuto Social da companhia.

    Para verificar a permissão, o investidor deve buscar o Estatuto Social no Google, digitando o termo junto ao nome da empresa, como no exemplo da Taesa. O documento confirma o direito do titular de solicitar o cancelamento das Units e a entrega das ações depositadas, como observado no caso da escrituradora BTG para a TAEE.

    Ativo
    Liquidez Média Diária (Aprox.)
    TAEE11 (Unit)
    R$ 51 milhões
    TAEE3 (Ordinária)
    R$ 806.000

    Riscos de Liquidez Pós-Desmembramento

    Antes de optar pelo desmembramento, a análise da liquidez é crucial. A liquidez muito baixa em ações individuais (como TAEE3 ou TAEE4) pode dificultar a compra e venda, resultando em um spread (diferença entre a melhor oferta de compra e venda) mais alto. Um spread elevado significa que o investidor sofrerá uma perda maior ao tentar liquidar sua posição rapidamente, o que anula parte do benefício fiscal.

    Embora o intuito não seja aconselhar movimentações imediatas, o conhecimento sobre o desmembramento oferece um caminho para se enquadrar na isenção, vendendo as ações separadas dentro do limite mensal. A repercussão deste debate pode, inclusive, incentivar a Receita Federal a emitir uma confirmação mais precisa sobre a natureza jurídica das Units.

    Questions

    Common questions and answers from the video to help you understand the content better.

    Qual o valor limite mensal para isenção de imposto de renda sobre venda de ações no Brasil?

    O valor limite mensal para que os ganhos líquidos em operações de venda de ações fiquem isentos de imposto de renda é de <span class="font-semibold text-foreground">R$ 20.000</span>, conforme estabelecido pela Instrução Normativa da Receita Federal.

    Por que as Units (como TAEE11) podem não se beneficiar da isenção fiscal de R$ 20.000?

    As Units podem não se beneficiar porque são classificadas tecnicamente como Certificados de Depósito de Ações (CDA), e a regra de isenção é expressamente aplicada apenas a operações com 'ações', excluindo os certificados.

    Como funciona o processo de desmembramento de Units em ações ordinárias e preferenciais?

    O desmembramento é solicitado pelo investidor à sua corretora, que aciona a instituição escrituradora da empresa, transformando o pacote Unit em seus ativos componentes, desde que o Estatuto Social da companhia permita tal movimentação.

    O que é o REV e qual sua função no cálculo de impostos para investidores da bolsa?

    O REV é uma calculadora fruto de parceria entre a Receita Federal e a B3, projetada para calcular automaticamente o imposto de renda que o investidor precisa pagar ao realizar movimentações de compra e venda de ativos no mercado.

    Qual a importância da liquidez ao considerar desmembrar Units em ações individuais?

    A liquidez é vital, pois ações ordinárias ou preferenciais desmembradas podem apresentar liquidez muito inferior à Unit original, gerando spreads mais altos e dificultando a negociação sem perdas significativas de preço.

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