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    Isso vai MUDAR sua VISÃO sobre INVESTIMENTOS

    O mercado financeiro constantemente atinge novos picos históricos, como o S&P 500 e o Nasdaq. No entanto, essa aparente valorização pode ser uma ilusão de ótica, pois os indicadores são geralmente mostrados em valores nominais, ou seja, sem ajuste pela inflação. O dinheiro perde poder de compra ao longo do tempo, e essa desvalorização monetária distorce a real performance dos investimentos. Por exemplo, enquanto o índice Merval da Argentina subiu milhares por cento em pesos nos últimos anos, a moeda argentina sofreu uma desvalorização absurda, tornando o ganho nominal insignificante em termos reais. O dólar americano, desde a criação do Federal Reserve em 1914, já perdeu quase 97% do seu poder de compra. Ajustar esses valores pela inflação, como o CPI americano (equivalente ao IPCA brasileiro), revela uma imagem diferente. No entanto, os próprios índices de inflação podem ser manipulados ou subestimar a real perda de poder de compra do dinheiro. Uma alternativa mais fidedigna é comparar esses ativos com o preço do ouro, que historicamente tem funcionado como uma moeda estável e reserva de valor.

    O Problema dos Valores Nominais

    A principal questão ao analisar os mercados é que todos os valores são apresentados em termos nominais, ou seja, na moeda corrente local. Isso significa que, no Brasil, os valores são em reais, nos Estados Unidos, em dólares, e assim por diante. O problema inerente a essa abordagem é a desvalorização da moeda ao longo do tempo, que distorce a percepção de ganho real. Quanto maior a instabilidade monetária, mais enganosa se torna a análise. Por exemplo, o S&P 500 atingindo quase 6.300 pontos em valores nominais pode parecer um crescimento exponencial desde o século retrasado. Contudo, essa alta inclui o efeito da desvalorização do dólar americano, que, desde a fundação do Federal Reserve em 1914, já perdeu cerca de 97% do seu poder de compra. Isso demonstra que parte do aumento do S&P 500 é meramente inflacionário e não um ganho de poder aquisitivo real.

    Se eu te dissesse que isso não passa de ilusão de ótica, que a forma pela qual enxergamos esses indicadores está errada e distorcida, e que se aplicássemos a visão correta, a foto seria bem diferente? Pois é exatamente isso que eu quero mostrar nesse vídeo.

    Um exemplo ainda mais gritante é o índice argentino Merval. Nos últimos cinco anos, o Merval subiu mais de 5.000% em pesos, enquanto o S&P 500 subiu apenas 100% em dólares. À primeira vista, o Merval parece ter performado muito melhor. No entanto, essa valorização nominal é uma consequência direta da desvalorização absurda do peso argentino no mesmo período. Quando se ajusta pela inflação, a realidade é drasticamente diferente, mostrando que a moeda utilizada para a precificação é crucial para uma análise correta dos investimentos.

    Ajuste pela Inflação e Suas Inconsistências

    Para obter uma visão mais precisa do desempenho dos ativos, é essencial ajustar os valores nominais pela inflação, transformando-os em valores reais ou em “moeda constante”. Isso permite entender o verdadeiro poder de compra e valorização de um indicador ao longo do tempo. O CPI (Consumer Price Index) americano, similar ao IPCA brasileiro, é um dos índices usados para esse ajuste.

    Ao analisar o S&P 500 ajustado pelo CPI nos últimos 100 anos, a imagem é bem diferente do gráfico nominal. O pico atual é menos acentuado do que o atingido na bolha das bolhas.com em 2000. Da mesma forma, os preços dos imóveis nos EUA, medidos pelo S&P Case-Shiller, também mostram uma variação menos exacerbada quando ajustados pela inflação. Embora ainda estejam em patamares elevados, o pico ajustado ocorreu em 2021, e não agora.

    No entanto, a utilização de índices de inflação para esses ajustes apresenta problemas significativos:

    Deficiências Metodológicas

    • Os índices de inflação frequentemente sofrem mudanças metodológicas ao longo do tempo. Essas alterações podem ser arbitrárias, realizadas por institutos de estatística, e tendem a subestimar a real perda de poder de compra do dinheiro.

    Influência Política

    • Em muitos países, a inflação é uma meta de governo. Isso pode tornar os índices mais suscetíveis a manipulações políticas, como foi o caso da Argentina no início dos anos 2010, onde os dados eram visivelmente distorcidos para atender a objetivos governamentais.

    Inflação Percebida vs. Oficial

    • A inflação sentida no dia a dia pelo consumidor costuma ser bem diferente e geralmente maior do que os índices oficiais reportam. Instituições como a Shadow Government Statistics (Shadow Stats) nos EUA calculam índices alternativos de CPI usando metodologias antigas, que revelam taxas de inflação muito mais altas do que as oficiais. Por exemplo, a inflação de 9,1% em 2022, segundo o CPI oficial, poderia ter sido acima de 16% usando a metodologia de 1980.

    Abrangência Limitada

    • Os índices de inflação ao consumidor medem apenas o preço de uma cesta de bens e serviços tipicamente consumidos por uma família média. No entanto, uma economia não se resume a bens finais; ela também inclui bens intermediários, commodities e ativos financeiros. Não existe um único índice capaz de expressar com precisão cirúrgica a total perda de poder de compra do dinheiro, pois isso envolveria medir "tudo o que o dinheiro pode comprar".

    A Análise Pelo Ouro

    Diante das limitações dos índices de inflação, uma alternativa que muitos investidores consideram mais robusta é medir o desempenho de indicadores como o S&P 500 e os imóveis em relação ao preço do ouro. O ouro tem sido utilizado como moeda por milênios e ainda é considerado uma reserva de valor e ativo de proteção. Sua estabilidade é atribuída à oferta e demanda mais previsíveis, em comparação com as moedas fiduciárias, que são sujeitas a emissão excessiva e, em alguns casos, hiperinflação.

    Ao analisar o S&P 500 medido em ouro (dividindo o S&P 500 pelo preço da onça troy de ouro), a imagem é drasticamente diferente do que é visto em termos nominais ou ajustados pela inflação. Nesta métrica, o S&P 500 não está em sua máxima histórica. O pico real foi alcançado na bolha da NASDAQ nos anos 2000, e não recentemente. Antes disso, outros picos ocorreram no final dos anos 1960 e em 1929. Essa análise oferece uma perspectiva mais clara sobre a verdadeira valorização das ações em relação a algo com valor mais estável.

    A mesma lógica se aplica aos imóveis. Quando os preços das moradias são ajustados pelo ouro, eles também não estão em suas máximas históricas. O pico ocorreu próximo ao ano 2000, com um segundo topo em 2006, durante a bolha imobiliária dos EUA. Em uma economia que cresce com produtividade e onde a moeda é estável, o natural seria uma deflação ou estabilidade de preços de commodities e ativos, dado o aumento da oferta. A constante alta de preços que observamos é, em parte, um reflexo da desvalorização da moeda.

    Críticas à Análise Pelo Ouro

    Apesar de suas vantagens, a análise baseada no ouro também apresenta críticas. Desde o fim do acordo de Bretton Woods em 1971, o ouro deixou de ser moeda corrente. O dólar americano, impresso eletronicamente pelo Federal Reserve, tornou-se a moeda de maior liquidez global, e até mesmo o ouro é precificado em dólares hoje. Embora a oferta de ouro seja relativamente estável (crescendo cerca de 2% ao ano na extração), sua demanda se tornou mais instável, já que não é mais o principal meio de troca.

    Essa mudança resultou em maior volatilidade no preço do ouro, que não está imune a flutuações. Por exemplo, o preço do ouro atingiu quase $2.000 a onça troy em 2011, caiu para cerca de $1.000, e depois voltou a subir. No final dos anos 1980, chegou a $800, caindo para $300 no final dos anos 1990. Essa volatilidade pode distorcer um pouco a análise de ativos financeiros mensurados pelo ouro. No entanto, para aqueles que veem o ouro como o "dinheiro milenar" e o restante como crédito, essa forma de análise ainda faz sentido para avaliar a performance real de ações e imóveis.

    Conclusão

    A forma como enxergamos os indicadores de mercado, baseada em valores nominais, pode ser profundamente enganosa. A constante perda de poder de compra das moedas nacionais, exacerbada pela instabilidade e potencial manipulação dos índices de inflação, obscurece a verdadeira performance dos investimentos. Embora o ajuste pela inflação seja um passo importante, ele também apresenta suas próprias falhas. A análise em termos de ouro oferece uma perspectiva mais estável e histórica da valorização real dos ativos, mesmo com as críticas de que o ouro não é mais a moeda corrente. Compreender essas diferentes perspectivas é crucial para tomar decisões de investimento mais informadas e para uma visão mais realista do cenário econômico global.

    Método de Análise Vantagens Desvantagens
    Valores Nominais Fácil de acompanhar e amplamente divulgado. Distorce a performance real devido à perda de poder de compra da moeda; não reflete ganhos reais.
    Ajuste pela Inflação (CPI) Oferece uma visão em "moeda constante", refletindo melhor o poder de compra. Índices de inflação podem ser manipulados politicamente ou ter deficiências metodológicas; subestimam a inflação real.
    Ajuste pelo Ouro Utiliza um ativo com histórico de estabilidade e reserva de valor; pode revelar picos históricos diferentes dos nominais. Ouro não é mais moeda corrente, o que pode introduzir volatilidade na demanda e preço; difícil de interpretar sem contexto histórico.

    Takeaways

    1. Ilusão Nominal: A valorização dos mercados, como o S&P 500, é muitas vezes uma ilusão de ótica devido à apresentação em valores nominais, que não consideram a perda de poder de compra da moeda ao longo do tempo.
    2. Desvalorização da Moeda: Moedas como o dólar americano e o peso argentino sofreram desvalorizações significativas ao longo de décadas, distorcendo a percepção de ganhos reais em investimentos.
    3. Limitações da Inflação: Embora o ajuste pela inflação seja uma melhoria, os índices de inflação (como CPI) podem ser manipulados, subestimados ou não refletir a real perda de poder de compra percebida, devido a mudanças metodológicas e influências políticas.
    4. O Ouro como Referência: Usar o preço do ouro como métrica para comparar o desempenho de ativos (ações, imóveis) pode oferecer uma visão mais estável e historicamente precisa do seu valor real, apesar de o ouro não ser mais moeda corrente.
    5. Necessidade de Análise Profunda: Para uma compreensão verdadeira do valor dos investimentos, é crucial ir além dos dados nominais e considerar ajustes por moedas mais estáveis ou ativos de reserva de valor, além de estar ciente das limitações de cada método.

    References

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