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    INVESTIR APENAS em FIIs de BASE 10 FUNCIONA MESMO? (Não compre antes de ver isso!)

    Valuable insights

    1.FIIs de Base 10: Acessibilidade vs. Volume: Embora os Fundos Imobiliários de Base 10 atraiam a vasta maioria dos investidores pessoa física, o volume negociado por esse grupo não é o mais significativo no mercado.

    2.Impacto da Liquidez no Spread: A maior participação de investidores em FIIs de baixo valor de cota aumenta a liquidez, resultando em spreads menores, o que beneficia o investidor na compra e venda.

    3.Diluição dos Custos Operacionais: O crescimento do mercado de FIIs permite a diluição dos custos operacionais e administrativos, resultando em taxas de administração anuais mais competitivas para os cotistas.

    4.Efeito Bola de Neve em FIIs de R$ 10: A cotação mais baixa permite que os dividendos acumulem mais rapidamente para comprar uma nova unidade, acelerando a percepção do efeito bola de neve.

    5.O Efeito Psicológico do Reinvestimento: A velocidade percebida no reinvestimento de dividendos é mais um fator psicológico de motivação do que um diferencial de retorno, se o Dividend Yield for idêntico.

    6.Descontos Profundos Indicam Problemas: Um desconto acentuado no indicador Preço sobre Valor Patrimonial (P/VP) sugere que o mercado percebe riscos estruturais no fundo que precisam ser investigados.

    7.Alavancagem Elevada e Custos de Dívida: Um alto grau de alavancagem, especialmente financiada com taxas prefixadas baixas, torna-se um passivo oneroso quando as taxas de juros, como a SELIC, aumentam.

    8.Qualidade da Gestão é Prioritária: A decisão de investimento deve focar primordialmente na qualidade da gestão e na solidez do portfólio, evitando fundos de baixa qualidade apenas pelo potencial de dividendos.

    Introdução aos FIIs de Base 10 e o Mercado

    Os Fundos de Investimento Imobiliário (FIIs) de base 10 são aqueles cujas cotas são negociadas na faixa de R$ 10 no mercado secundário. Essa acessibilidade tem levado muitos investidores a estruturarem suas carteiras utilizando exclusivamente esse tipo de ativo. A popularidade é notável, mas a relevância do volume negociado por pequenos investidores merece análise detalhada frente aos grandes players do mercado.

    • Existiam 2.712.000 investidores totais, sendo 2.705.000 pessoas físicas (aproximadamente 99%).
    • Apesar da representatividade numérica, os investidores institucionais e não residentes, que somam apenas 1% da base, movimentam 44% do volume total do mercado.
    • A negociação da pessoa física não representa um saldo significativo em comparação com os grandes volumes.

    O saldo mediano de negociação para o investidor individual, conforme dados da bolsa, fica em torno de R$ 2.100. Este dado reforça a tendência de desdobramento das cotas para valores menores, visando aumentar a acessibilidade e incentivar a entrada de novos participantes que se sentirão mais confortáveis aportando valores menores para adquirir uma cota inteira.

    Vantagens da Acessibilidade: Liquidez e Custos Competitivos

    A estratégia de manter cotas a R$ 10 ou menos visa, primariamente, facilitar o acesso ao investimento imobiliário. É muito mais fácil para um novo investidor se sentir motivado a aplicar um valor inicial quando o custo da unidade é baixo, em vez de necessitar de R$ 100 ou R$ 150 para começar.

    Aumento de Liquidez e Redução do Spread

    Um benefício direto do aumento do número de investidores é a melhoria da liquidez. A liquidez é observada no livro de ofertas, onde o investidor define o preço de compra e venda. Quando há muitas negociações, o diferencial entre o melhor preço de compra e o melhor preço de venda, conhecido como spread, diminui. Um spread alto, como um centavo de diferença entre R$ 10,00 e R$ 10,10, impacta negativamente o bolso do investidor em transações frequentes.

    Taxas de Administração Mais Competitivas

    Todo fundo de investimento possui custos operacionais, como remuneração da administradora e auditorias. Há alguns anos, era comum encontrar FIIs com taxas de administração anuais de 2%. Atualmente, com o mercado mais robusto e o aumento do volume de negociação, esses custos tendem a ser diluídos, estabelecendo taxas médias entre 0.9% a 1.2% ao ano.

    A Ilusão do Efeito Bola de Neve Acelerado

    O último benefício frequentemente citado é o efeito bola de neve, que ocorre quando os dividendos recebidos são suficientes para comprar uma nova cota sem a necessidade de aportes adicionais. A simulação demonstra que este efeito parece ocorrer mais rapidamente em FIIs de base 10 em comparação com FIIs de base 100, mas a análise do retorno total é crucial.

    Cenário
    Cota Inicial
    Dividendos/Mês (R$)
    Cotas Compradas com Dividendos (Após 4 meses)
    Cotas Compradas com Dividendos (Após 24 meses)
    FII Base 10
    R$ 10
    R$ 2
    1 nova cota (com R$ 12 acumulados)
    5 novas cotas
    FII Base 100
    R$ 100
    R$ 2
    0 novas cotas (R$ 2 acumulados)
    1 nova cota

    Apesar da diferença na velocidade de aquisição de novas cotas, se o Dividend Yield (DY) for o mesmo para ambos os fundos, o retorno total em dividendos após dois anos será proporcionalmente igual. O fato de o investidor de base 10 conseguir comprar cinco cotas novas apenas com proventos, enquanto o outro ainda acumula para comprar uma, é mais um catalisador psicológico que motiva a continuidade dos aportes, e não necessariamente um ganho de rentabilidade intrínseca superior.

    Análise Crítica: O Risco Oculto do Desconto Excessivo

    É fundamental não se prender apenas ao dividendo ou à rapidez do efeito bola de neve. A qualidade do fundo adicionado à carteira é o fator primordial. Um fundo que paga altos dividendos ou tem cotas baratas pode ser de péssima qualidade e destruir valor para os cotistas. Um exemplo notável é o Vino 11, cuja cota atualmente custa cerca de R$ 5, mas há dois anos estava próxima de R$ 9,38.

    Fatores que Justificam o Desconto

    O indicador P/VP do VINO 11 está em 0.49, indicando que o ativo está sendo negociado com um desconto de 51% sobre seu valor patrimonial. Questiona-se se o mercado estaria cometendo um erro tão grande ao descontar tanto um bom ativo. A análise do patrimônio líquido revela que, dos aproximadamente 829 milhões de patrimônio, 426 milhões são obrigações, ou seja, cerca de 50% do patrimônio está comprometido para honrar dívidas.

    • 49% da receita de aluguel provém exclusivamente da Globo.
    • 15% da receita vem da Vitacom.
    • 6% da receita é proveniente da própria gestora, a 20.
    Se formos considerar esses três principais locatários, nós temos 60% da receita do fundo.

    O Perigo da Alavancagem e a Importância da Qualidade

    O endividamento excessivo gera reflexos diretos no desempenho operacional. O VINO 11, por exemplo, precisou vender um imóvel para melhorar a composição da dívida. O fundo se alavancou quando a taxa SELIC estava baixa, com dívidas atreladas a CDI mais 3,5%. Com a taxa atual em 15%, o custo dessa dívida salta para cerca de 18,5% ao ano, forçando o gestor a reciclar o portfólio para mitigar esse passivo.

    Mecanismos de Endividamento e Garantias

    Embora a lei proíba o endividamento direto, os fundos utilizam mecanismos como a securitização. Para adquirir novos imóveis, o fundo empacota seus fluxos de recebíveis de contratos de locação e os utiliza como garantia para uma securitizadora. Esta securitizadora emite títulos, como o Certificado de Recebível Imobiliário (GRI), adiantando o valor ao fundo. O risco reside no fato de que, se houver problemas com o contrato de locação, o fundo pode ter dificuldades em honrar a obrigação da dívida, especialmente se o passivo crescer mais rápido que a correção dos aluguéis.

    Veja, sempre analise a alavancagem dos fundos. Eu vejo que é um ponto que muitas pessoas passam despercebidos.

    Em suma, a escolha de um ativo para a carteira de investimentos não pode se basear apenas na distribuição de dividendos ou no preço da cota. É imperativo analisar a qualidade da gestão e a saúde do portfólio. Ignorar métricas como a alavancagem pode gerar problemas futuros significativos, mesmo em fundos que parecem atrativos no curto prazo.

    Questions

    Common questions and answers from the video to help you understand the content better.

    Qual a porcentagem de investidores pessoa física no mercado de Fundos Imobiliários em junho de 2024?

    Em junho de 2024, aproximadamente 99% dos investidores de FIIs eram pessoas físicas, totalizando cerca de 2.705.000 cotistas.

    Como a negociação de cotas de FIIs de Base 10 influencia a liquidez do mercado?

    A negociação de cotas a R$ 10 aumenta o número de participantes ativos, gerando mais ordens no book de ofertas e, consequentemente, reduzindo o spread entre os melhores preços de compra e venda.

    O que o indicador P/VP de 0.49 no VINO11 significa para o investidor?

    Um P/VP de 0.49 indica que o fundo está sendo negociado com um desconto de 51% em relação ao seu valor patrimonial, sugerindo que o mercado precifica riscos internos, como alto endividamento ou baixa diversificação.

    Qual o principal risco de um FII com alta alavancagem quando a taxa SELIC sobe drasticamente?

    A alta alavancagem, especialmente se contratada com taxas prefixadas baixas (como CDI + 3,5%), resulta em um custo de dívida muito elevado (próximo a 18,5% com SELIC em 15%), forçando o gestor a vender ativos para honrar o passivo.

    Por que o efeito bola de neve parece mais rápido em FIIs com cotas de R$ 10?

    O efeito parece mais rápido porque o valor dos dividendos acumulados atinge o montante necessário para comprar uma cota inteira em menos tempo, embora o retorno total em dividendos (DY) seja o fator determinante do ganho real.

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