Como Falar Brilhantemente (Curso Grátis)

A maioria das pessoas nunca aprende a resolver seus problemas de comunicação de alta qualidade. Este vídeo não se trata de eliminar vícios de linguagem ou pausas, mas sim de capacitar indivíduos a realizar feitos épicos com a fala e a liderar outros. Este método é tão poderoso que, se fosse de domínio público, perderia sua eficácia, por isso seu conteúdo é considerado exclusivo e transformador para aqueles que buscam aprimorar profundamente sua capacidade de expressão. O objetivo principal é entender por que a pessoa comum raramente consegue organizar a mente e converter pensamentos complexos em palavras impactantes.

A maioria das pessoas age como "babblers", assemelhando-se a bebês que não controlam a língua. Um "babbler" frequentemente usa palavrões por não conseguir expressar emoções ou frustrações adequadamente, resultando em uma fala confusa, sem clareza de pensamento ou processo para organizar ideias. Este comportamento é, em grande parte, um produto da estrutura social, que não é projetada para formar pensadores ou oradores claros. Indivíduos capazes de persuadir, liderar e criar eficazmente são considerados "perigosos", o que historicamente levou à desvalorização de habilidades como a retórica e o debate na educação formal, resultando na atual superficialidade comunicativa.

Historicamente, sociedades valorizavam intensamente habilidades como a retórica e o debate, integrando-as no sistema educacional. Contudo, essa ênfase diminuiu drasticamente, levando a uma proliferação de comunicação superficial. Os "babblers" de hoje buscam qualidades altamente cobiçadas pelos oradores de elite, que representam apenas 2% da população. Há um processo estruturado para adquirir cada uma dessas qualidades, sendo a primeira a clareza, considerada a moeda mais valiosa na sociedade atual.

Os oradores de elite, os 2%, possuem três qualidades essenciais. A primeira é a Clareza, considerada a moeda mais valiosa na sociedade atual, por isso simbolizada com um cifrão. A segunda é a Textura, que representa a habilidade de manipular e combinar palavras de forma criativa, produzindo frases impactantes como um raio. A terceira qualidade é o Conforto, onde a pessoa está à vontade consigo mesma, independentemente do ambiente, e sua presença é segura e fala por si, sem necessidade de estridência.

Ao longo da vida, cada indivíduo atravessa diversas fases que o impulsionam a aprimorar a comunicação. Começa na infância, com o aprendizado da gramática e das mecânicas da fala. Na faculdade, cursos de oratória ensinam a fazer apresentações e a eliminar vícios de linguagem. Ao procurar emprego, percebe-se que as palavras podem determinar o sucesso ou fracasso em oportunidades. No ambiente de trabalho, exige-se apresentar e argumentar. Momentos de conversas difíceis ou confrontos, ou ser padrinho/madrinha em um casamento, ensinam a preparar e entregar discursos. A leitura aprimora a articulação, e até mesmo o amor revela a incapacidade de expressar a profundidade dos sentimentos. Mais tarde na vida, muitos descobrem a importância da simplicidade e da humildade na comunicação, onde a narrativa se torna essencial, pois a maior realização é compartilhar experiências e sabedorias. Em cada uma dessas etapas, problemas de comunicação surgem, direcionando o indivíduo para as três qualidades fundamentais: clareza, textura e conforto.

O que é mais gratificante na vida é compartilhar você e todas as aventuras que você viveu, e as joias de sabedoria que você, de certa forma, saqueou ao longo do caminho.

A clareza na fala é o resultado direto de um pensamento claro. Para alcançar essa clareza, a maioria das pessoas busca a essência de uma ideia, o seu alicerce. Assim como Picasso reduzia detalhes desnecessários em seus onze esboços de um touro para chegar à sua essência, a clareza envolve a capacidade de simplificar algo complexo, mantendo sua essência intacta. Este processo é fundamental para uma comunicação eficaz e profunda.

Para a clareza, duas verdades são inegáveis: é preciso trabalhar por ela, pois o preço da visão é a escalada. Esta jornada não pode ser terceirizada para ferramentas como o ChatGPT, pois, embora a ferramenta possa lapidar as palavras, ela não pode acelerar o processo de clarificação do coração e da mente, algo que se ganha através da luta. As pessoas sentem quando a clareza foi conquistada com esforço. A segunda verdade é que a clareza exige humildade, reconhecendo sempre que há alguém acima que sabe mais. A clareza se torna tóxica no momento em que alguém se considera o "gaio azul" no topo do galho, pensando que alcançou a compreensão máxima.

A clareza é influenciada por duas variáveis cruciais: entradas e saídas. Muitos não diagnosticam suas entradas, que são tudo o que consomem, desde música e pessoas a livros e conteúdos. O primeiro passo para melhorar a clareza da fala é diagnosticar essas entradas. Se o que você diz não agrada, questione como seu pensamento está sendo influenciado e qual conteúdo está moldando sua mente. Um orador de elite estabelece uma segurança cognitiva robusta, defendendo seu território mental de inputs ameaçadores. A falta de digestão dessas ideias pode inflamar a mente, causando "constipação mental" por consumir excessivamente sem criar. A segunda parte da clareza é a saída, qualquer forma de expressão criativa, como escrita, fala, memorandos de voz ou vídeos. A fórmula da clareza é: clareza = saída ruim × frequência, pois não se pode esperar ter uma ideia aprimorada na primeira vez que é expressa. Somente após a repetição e prática contínua, você descobre pontos cegos em seu pensamento. Portanto, a melhor maneira de alcançar a clareza é aumentar as saídas ou bloquear as entradas, desenvolvendo um sistema de produção de conteúdo.

A textura na fala diz respeito à escolha das palavras, à diferença entre dizer "é um desafio difícil" e "é um problema espinhoso", ou "ele usava muito perfume" e "ele foi batizado em perfume". A escolha de palavras pode ser suave e delicada, ou áspera, agressiva e bombástica. As palavras utilizadas são um reflexo do relacionamento com a linguagem, e para aprimorar essa relação, é fundamental compreender o léxico de superfície e o léxico profundo, ou seja, o vocabulário que se possui.

Nosso vocabulário é dividido em dois: o léxico de superfície e o léxico profundo. O léxico de superfície é composto por aproximadamente 1.500 palavras que usamos automaticamente, sem a necessidade de engajar a mente consciente, constituindo a maior parte da nossa fala diária. Abaixo disso, temos o léxico profundo, que contém entre 25.000 e 35.000 palavras para um adulto nativo médio. Essas palavras exigem um esforço considerável para serem usadas. É possível mover uma palavra do léxico profundo para o de superfície através da repetição, estimando-se que seja necessário usá-la conscientemente cerca de 200 vezes. O padrão de seleção de palavras de cada pessoa é único, refletindo frequentemente sua personalidade e influenciando como se comunica e persuade, assim como os gregos identificaram mais de 250 dispositivos retóricos que movem as pessoas. Se a linguagem não é texturizada, é provável que a exposição a uma linguagem rica e variada seja insuficiente.

Existem três etapas para solucionar a falta de linguagem texturizada e desenvolver uma comunicação mais articulada. A primeira é encontrar linguagem articulada, a segunda é coletá-la, e a terceira é cultivar uma rotina de prática com essa linguagem. Quando as pessoas descrevem o efeito de ouvir algo articulado, geralmente se referem a duas qualidades: a escolha de palavras foi muito precisa ou foi nova, fresca. Em outras palavras, as palavras foram afiadas ou o ouvinte foi surpreendido. O autor chama essas qualidades de "preencher o esboço" ou "transformar o preto e branco em cor".

Para desenvolver a capacidade de afiar a fala, uma técnica especial é "colorir" o discurso com a própria vida e experiências. A pergunta fundamental que se deve fazer é: "Quando eu vivenciei isso?" ou "Quando senti essa emoção?". A fórmula mais simples para encontrar e descrever essas experiências é o método TAKES: Tempo (quando), Áudio (o que você ouviu), Kinestésico (o que você sentiu), Olhos (o que você viu) e Olfato (o que você cheirou). Por exemplo, ao descrever uma corrida, em vez de uma descrição genérica, pode-se dizer: "Estou correndo sobre as rachaduras na calçada com o vento roçando em meu cabelo, sinto o cheiro da grama recém-cortada e meus pés batem nas rachaduras do asfalto, pulando sobre elas". Isso insere vida na fala. Um exemplo notável é o famoso monólogo de Robin Williams no filme Gênio Indomável, onde ele usa sua vida para dar "sangue, osso e fôlego" à sua ideia. Ao praticar o método TAKES, que pode usar apenas um desses elementos, você pode ficar feliz com a riqueza de suas experiências ou triste pela falta delas, percebendo que pensar criativamente não substitui viver a vida. As perspectivas desejadas vêm das experiências vividas, assim como o carisma é a totalidade de tudo o que o espírito suportou. Às vezes, é preciso "trocar a fala estúpida" pela busca de uma compreensão maior, o que é comum na juventude, com ideias imperfeitas em busca de entendimento. Por isso, os oradores mais claros são frequentemente aqueles que viveram profundamente, como eremitas ou sábios anciãos, que parecem "ter ganhado" sua sabedoria.

A capacidade de surpreender com a linguagem depende da sua habilidade de coletar uma linguagem criativa, o que nos leva ao segundo princípio: "Você só pode explicar o mundo tanto quanto o explorou." É como cozinhar apenas com o que você tem no armário; se os ingredientes não agradam, é preciso ir às compras por novas palavras. Isso introduz o conceito do "Ego Vocal", uma representação da sua versão de elite, o 2%, do seu eu futuro que fala e escolhe palavras. Utiliza-se um modelo personalizado de ChatGPT, treinado com a linguagem coletada pelo próprio orador, para analisar transcrições de conversas atuais e sugerir como o "Eu Futuro" surpreenderia ou refrescaria o discurso. Os vídeos de 3 minutos filmados para o trabalho de clareza podem ser revisados por esse "Ego Vocal", e então você repete os vídeos incorporando as sugestões de frases surpreendentes. Isso engaja a prática deliberada de escolher a linguagem fora da conversa, que é a essência da textura, evitando o esgotamento mental de procurar as palavras certas no momento da fala.

Ao aplicar este processo com cem frases, as pessoas notarão uma melhora significativa em poucos dias, evidenciando a simplicidade e eficácia do método. Para empreendedores, profissionais, coaches, criadores e consultores que desejam falar com vivacidade e autoridade, o programa Elite Speak oferece orientação completa nas ações discutidas, incluindo sessões presenciais em Austin, Texas.

Muitas pessoas são enganadas pela busca do carisma, uma palavra que, embora difundida, raramente é compreendida em sua essência. O que elas realmente desejam é o conforto. Se o estado interno de um indivíduo é instável ou ansioso, sua fala será sempre insatisfatória, presa na armadilha de pensar que poderia ter se apresentado de uma maneira melhor. A maioria das pessoas está selvagemente desconfortável na maior parte do tempo. Após anos de coaching, percebe-se que o desconforto na fala se resume a três "vírus letais": o corpo não está calmo, a missão não está clara e as palavras não correspondem às crenças, o que pode ser resumido como desalinhamento entre corpo, mente e espírito.

O desconforto na fala decorre de três "vírus letais": um corpo que não está calmo, uma missão que não está clara e palavras que não correspondem às crenças. Existe um paralelo significativo entre a fala e o atletismo, onde ambos exigem preparação, alongamento, mentalidade e crença. Assim como um atleta que entra em campo em um estado ideal de corpo, mente e espírito está propenso à vitória, o mesmo se aplica à fala. O conforto é construído antes de se falar. O orador revela que faz uma rotina de aquecimento antes dos vídeos para alinhar mente, corpo e espírito, garantindo uma fala e um raciocínio confortáveis. Quando o corpo se sente fisicamente confortável, a memória se aprimora, facilitando a lembrança do que dizer. E o conforto físico é resultado de aprender a respirar adequadamente.

Para domar o corpo e alcançar o conforto, é crucial aprender a respirar corretamente, usando o diafragma, o músculo abaixo dos pulmões e da caixa torácica. Em vez de respirações superficiais no peito, deve-se respirar profundamente na barriga, engajando o diafragma. Ao inspirar, o estômago se expande, e ao expirar, ele se contrai. Essa técnica estabiliza a voz, conferindo-lhe força e solidez, o que por sua vez gera uma sensação de calma. A segunda técnica é a respiração quadrada (box breathing), um exercício que aprimora o foco e reduz a ansiedade. O autor, que estudou essas técnicas profissionalmente, garante sua eficácia se feita corretamente. Ao praticar a respiração quadrada, o ritmo cardíaco diminui e o fluxo sanguíneo para o cérebro aumenta, resultando em maior compostura, alerta e, crucialmente, conforto.

Repita este ciclo quatro vezes, como se estivesse traçando os lados de um retângulo. Esta prática acalma o corpo, preparando-o para a fala.

Para a mente, é essencial saber por que você está ali. A ansiedade e o medo de falar em público diminuem drasticamente quando a mente está focada em servir. Antes de qualquer apresentação, o autor repete a frase: "Estou aqui para oferecer o presente do meu tempo, minha atenção, minha presença à pessoa à minha frente. Estou lhe oferecendo um presente." Isso cria um "primer mental", uma frase que se repete para restabelecer a missão. Vagar sem rumo, questionando "Por que estou aqui?", "O que devo dizer?", "O que estou fazendo?", é uma sensação terrível que consome por dentro, criando um "hospício" na própria cabeça. Ter uma missão clara é fundamental para a tranquilidade mental.

Muitos desafios na fala surgem de uma falta de enraizamento em algo profundo internamente. Frequentemente, as pessoas buscam um "modelo mental mágico", esperando uma estrutura que infunda inteligência em tudo o que dizem ou pensam. Contudo, o que realmente desejam, mesmo sem saber, é falar a partir de seus valores e crenças. Os valores são o alicerce da fala; ao se apoiar neles, você sempre saberá que caminho seguir e o que dizer. As pessoas são muito boas em detectar a falta de alinhamento com os valores, sentindo um "cheiro de inconsistência", como algo apodrecendo na geladeira. Isso ocorre porque o indivíduo não decidiu em que baseia suas convicções e o que defende. Isso caracteriza o "babbler".

A alma não consegue se assentar quando a boca é desonesta. Você não pode acalmar as águas se está sempre atirando pedras no lago.

De uma perspectiva espiritual, a alma não encontra paz quando a boca é desonesta. É vital definir seus valores. Cada um de nós refrata o mundo através de um conjunto de valores internos, como gratidão, compaixão, humildade, respeito e simplicidade. Existe uma vasta lista de mais de 100 valores disponíveis (busque por lista de valores humanos). Esses valores derivam da educação, cultura, pais e religião, e são o que nos faz sentir que algo está certo ou satisfatório. Quando algo não se alinha com seus valores, causa desconforto, parecendo artificial ou falso, especialmente ao ser dito por você. É perigoso simplesmente ecoar opiniões alheias sem ter chegado a essa conclusão por conta própria, baseando-se em seus valores, pois é como colher de um pomar que você nunca plantou. A satisfação não é a mesma de quem cultivou e vendeu os frutos. Para escolher valores, basta selecionar alguns e agir de acordo com eles; cada vez que o fizer, você fortalecerá e testará esse valor, reforçando-o a cada fala. Esse valor é a resposta à pergunta: "Como eu sei o que dizer?". Uma pessoa enraizada em seus valores raramente fica sem palavras, pois sabe o que defende. Para o autor, seus valores são simplicidade, experiência e honestidade: valoriza a fala simples, fala sobre o que vivenciou e busca a honestidade intelectual, admitindo quando não sabe algo. Essas opções proporcionam um tremendo conforto profundo. Ele também valoriza a imperfeição, não precisando usar uma máscara de inteligência ou lutar para compor uma frase inteligente, pois está orientado corretamente. Assim se alcança o conforto no espírito.

Dois tópicos bônus, que parecem primitivos mas fazem uma grande diferença na fala, são a alimentação e o sono. Ambos são cruciais porque afetam diretamente o pensamento e a fala. O autor tratou seu corpo como um laboratório científico, experimentando com dezenas de dietas e otimizando o sono. A prática essencial, caso ainda não o tenha feito, é monitorar seu sono e alimentação por um mês. Existe um modelo de planilhas Google que pode ser utilizado para registrar horas de sono, qualidade do sono, o que comeu, clareza de pensamento e satisfação com a fala. Após um ou dois meses, essa informação pode ser analisada pelo ChatGPT para identificar padrões.

Este guia forneceu insights sobre como falar de forma brilhante, abordando clareza, textura, conforto e o impacto vital de hábitos como alimentação e sono. Ao aplicar os princípios de organização mental, escolha consciente de palavras, alinhamento de corpo, mente e espírito, e otimização do bem-estar físico, é possível transformar significativamente a capacidade de comunicação. O autor encerra, agradecendo e esperando que o conteúdo ajude.