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    Como Se Tornar Um ARQUITETO DE SOLUÇÕES | 4 Passos Que Vão Mudar Sua Carreira de PROGRAMADOR

    Para programadores que se sentem atraídos por temas arquiteturais complexos como system design, performance de aplicações, escalabilidade e arquiteturas distribuídas, a transição para a arquitetura de soluções pode ser o próximo passo lógico e gratificante na carreira. Este caminho não se trata apenas de dominar linguagens de programação ou resolver bugs, mas de compreender como sistemas complexos são projetados e funcionam nos bastidores. O papel do arquiteto de soluções envolve tomar decisões cruciais que impactam diretamente a robustez, a eficiência e a adaptabilidade de um sistema. O vídeo explora detalhadamente as diferenças entre um arquiteto de software e um arquiteto de soluções, destacando que o primeiro foca no design interno da aplicação (low-level design) e o segundo em requisitos não funcionais e na infraestrutura de alto nível (high-level design). Mais importante, ele apresenta um guia de quatro passos essenciais para trilhar essa transição de forma eficaz: dominar os fundamentos computacionais, de redes e de armazenamento; compreender profundamente a cloud computing; mergulhar nos requisitos não funcionais e praticar intensivamente System Design; e considerar um roteiro de carreira estruturado para arquitetos de software e soluções.

    Arquiteto de Software vs. Arquiteto de Soluções

    É comum haver confusão entre as funções de um arquiteto de software e um arquiteto de soluções, embora ambos os papéis sejam essenciais no desenvolvimento de sistemas complexos. Compreender suas distinções é crucial para quem busca avançar na carreira de arquitetura.

    Arquiteto de Software

    O arquiteto de software concentra-se no desenho e na arquitetura da estrutura interna de uma aplicação. Ele é responsável por decidir como o sistema funcionará "por dentro", incluindo a comunicação entre módulos e serviços, a organização coesa do código para reuso e evolução. Além disso, seleciona as tecnologias, linguagens e frameworks, bem como as abordagens arquiteturais (como Clean Architecture ou Onion Architecture). Para todas essas decisões, ele precisa de uma compreensão profunda do domínio do negócio, entendendo suas operações, setores e regras essenciais. Essa compreensão é vital para guiar as decisões técnicas, aplicando conceitos como Domain Driven Design (DDD), dividido em modelagem estratégica e tática.

    • Modelagem Estratégica: Foca em entender e modelar o domínio do negócio, traçando limites arquiteturais, identificando domínios e subdomínios, e estabelecendo uma linguagem ubíqua para facilitar a comunicação entre desenvolvedores e especialistas de negócio. Por exemplo, em um banco, áreas como contas, crédito e investimentos possuem regras e vocabulários distintos que não devem se misturar em um único módulo monolítico, evitando acoplamento e fragilidade.
    • Modelagem Tática: Transforma a modelagem de negócio em código, guiando o time técnico para a implementação de padrões como entidades, agregados, objetos de valor (value objects), serviços de domínio (domain services) e repositórios.

    O arquiteto de software atua no que se chama low-level design, focado nos detalhes internos do sistema e nos requisitos funcionais da aplicação.

    Um arquiteto de software está muito próximo da aplicação, ou seja, é ele que define como as funcionalidades do sistema serão estruturadas internamente, como os módulos serão projetados, como eles vão conversar entre si, quais os padrões arquiteturais que serão utilizados. E tudo isso é o que a gente chama de low-level design.

    Arquiteto de Soluções

    Em contraste, o arquiteto de soluções opera na camada de high-level design e lida diretamente com os requisitos não funcionais da aplicação. Enquanto os requisitos funcionais descrevem o que o sistema deve fazer (por exemplo, cadastrar um cliente), os não funcionais especificam como o sistema fará isso (por exemplo, tempo de resposta, número de requisições simultâneas, disponibilidade). O arquiteto de soluções aborda temas como escalabilidade horizontal e vertical, performance, alta disponibilidade, replicação e particionamento de dados, redundância e balanceamento de carga. Ele planeja a infraestrutura e a arquitetura para suportar milhões de usuários, garantindo resiliência e controle de custos. É importante não confundir essa função com a área de DevOps, que tem foco em automação e operações, enquanto o arquiteto de soluções foca no design da infraestrutura para atender aos requisitos de escala e performance.

    Planejar arquitetura para suportar 1 milhão de usuários não é tarefa do DevOps. Isso é responsabilidade do arquiteto de soluções.

    Em algumas empresas, um único profissional pode atuar como arquiteto híbrido, combinando as responsabilidades de software e soluções, sendo comumente chamado apenas de "arquiteto de software", abrangendo tanto o baixo quanto o alto nível das arquiteturas.

    Os 4 Passos Essenciais para se Tornar um Arquiteto de Soluções

    Para se tornar um arquiteto de soluções, é preciso seguir um roteiro estruturado que abranja tanto conhecimentos técnicos quanto práticos.

    1. Entender os Fundamentos

    Antes de se aprofundar em tópicos avançados, é fundamental solidificar a base de conhecimento. Os fundamentos são a espinha dorsal de qualquer carreira em arquitetura.

    • Fundamentos Computacionais: Compreender como o computador funciona é crucial. Isso inclui saber como os programas são executados na memória, como o sistema operacional gerencia a alocação de memória, o funcionamento dos processadores, a diferença entre threads e processos, e os conceitos de concorrência e paralelismo. O conhecimento de Docker também é indispensável. Essa base evita decisões equivocadas, especialmente em escalabilidade vertical.
    • Fundamentos de Redes de Computadores: Sistemas distribuídos dependem da comunicação em rede. É essencial entender como a internet funciona, o processo de resolução de DNS, portas de rede, o ciclo de uma requisição HTTP e a diferença entre TCP e UDP. A familiaridade com servidores web como Nginx ou Apache também é importante.
    • Fundamentos de Armazenamento: Onde, como e por que os dados são armazenados é vital. Estudar os tipos de armazenamento (bloco, arquivo, objeto), bancos de dados relacionais (PostgreSQL, MySQL) e o conceito de ACID é básico. Também é crucial conhecer bancos de dados não relacionais (MongoDB para documentos, Redis para chave-valor, Cassandra para colunas, e Neo4j para grafos), entendendo seus cenários de uso e suas diferenças.

    2. Estudar Cloud Computing

    A nuvem é o ambiente onde a maioria dos sistemas modernos opera. Entender cloud computing não é opcional para um arquiteto de soluções. O ideal é escolher um provedor (como AWS, Azure ou Google Cloud) e focar nos conceitos e nos principais serviços. É vital compreender a diferença entre arquitetura on-premise e em nuvem, e, crucially, a gestão de custos em nuvem. A AWS é recomendada por sua fatia de mercado e conta gratuita (free tier) por um ano, permitindo a prática com serviços como RDS (bancos de dados relacionais), SQS (mensageria), Elasticache (cache) e S3 (armazenamento de objetos).

    É incentivada a busca pela certificação AWS Cloud Practitioner para iniciantes, que oferece a base necessária para se familiarizar com o ambiente de nuvem.

    3. Requisitos Não Funcionais e System Design

    Este é o ponto de virada na carreira de um arquiteto. Todo o conhecimento adquirido sobre fundamentos e cloud se conecta aqui. É o momento de aprender a montar o "tabuleiro" e a "jogar o jogo dos profissionais".

    Aprender sobre requisitos não funcionais é essencial, como garantir 99,9% de disponibilidade para uma aplicação, o que significa um tempo de inatividade de apenas 18 segundos por dia ou 3 horas e 39 minutos por mês. Para isso, o estudo de escalabilidade, elasticidade, alta disponibilidade, tolerância a falhas, consistência de dados, performance, latência e, crucially, controle de custos é imprescindível. O controle de custos é vital, pois "arquitetura sem controle de custo é só vaidade disfarçada de solução".

    System Design é a arte de criar arquiteturas do zero, baseadas nos requisitos de negócio e nas restrições técnicas. Uma técnica eficaz é a "técnica do desenvolvedor frontend": analisar arquiteturas de grandes empresas como Netflix, Amazon e Uber, e tentar replicá-las, projetando como os dados seriam gerenciados, os tipos de armazenamento, o processamento de streams, etc. Recomenda-se a leitura do livro System Design Interview, que oferece cenários reais e diagramas para prática e desenvolvimento da mentalidade arquitetural.

    4. Fazer parte do mapa do arquiteto

    Em resumo, o quarto e último passo é seguir um guia de carreira completo, como um "mapa do arquiteto", que conduza o profissional tópico a tópico, com tudo o que precisa estudar e aprender na ordem correta. Esse tipo de roadmap é projetado para ajudar a evoluir na carreira, independentemente do nível de senioridade atual (júnior, pleno, sênior ou iniciante), cobrindo desde o absoluto zero até o nível mais alto de um arquiteto de software ou soluções, incluindo tecnologias, conceitos, ferramentas e fundamentos.

    Takeaways

    • Entenda a Diferença: Arquiteto de software cuida do "como funciona por dentro" (low-level design, requisitos funcionais, DDD), enquanto arquiteto de soluções foca no "como o sistema lida com o ambiente" (high-level design, requisitos não funcionais, infraestrutura de alto nível).
    • Invista nos Fundamentos: Domine computação, redes e armazenamento de dados. Essa base é crucial para tomar decisões arquiteturais corretas e evitar desperdícios ou instabilidades.
    • Domine a Nuvem: O conhecimento em cloud computing é obrigatório. Escolha um provedor (AWS é sugerido) e pratique ativamente com seus principais serviços, entendendo como eles se conectam aos fundamentos que você estudou.
    • Pratique System Design: Mergulhe nos requisitos não funcionais (disponibilidade, performance, escalabilidade, custo) e aplique-os em cenários práticos de System Design. Replicar arquiteturas de grandes empresas e usar recursos como o livro "System Design Interview" são ótimas formas de aprender.

    References

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