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    COMO ESCALAR NOS NEGÓCIOS | SEM PERDER QUALIDADE | O Conselho 25

    O episódio do programa "O Conselho" aborda um tema crucial para qualquer empreendimento: como escalar um negócio mantendo a qualidade. A discussão, que reúne especialistas de diferentes setores como moda íntima (Grupo Hope), mercado financeiro (BTG Pactual) e suplementos alimentares (Grupo Supley), além de um experiente gestor, Lázaro Carmo, explora os desafios e as estratégias para um crescimento sustentável. A premissa central é que a expansão desordenada pode levar à perda de qualidade e, consequentemente, à ruína do negócio. Os convidados compartilham suas visões sobre a importância de um planejamento estratégico robusto, a gestão de pessoas, a adequação da estrutura de capital e a capacidade de adaptação às mudanças de mercado. Mariana Maquioni, do Grupo Supley, defende a máxima "progresso e ordem depois", indicando que a inovação e o teste de novas abordagens são essenciais, mesmo que isso acarrete em uma reorganização posterior. Marcelo Flora, do BTG Pactual, destaca como o banco se transformou para atender clientes pulverizados, investindo bilhões em tecnologia e focando na manutenção da qualidade. Sandra Chaio, do Grupo Hope, enfatiza o modelo de franquias como uma excelente ferramenta de expansão, desde que haja um alinhamento claro entre franqueador e franqueado. Lázaro Carmo pontua que muitos negócios fracassam no crescimento por má gestão interna, seja na alocação de pessoas ou na compreensão do fluxo de caixa. A mensagem final ressalta a necessidade de paixão, foco e execução para superar os desafios e impulsionar o desenvolvimento empresarial.

    Escalando com Qualidade: Estratégias e Desafios

    A discussão central do episódio gira em torno da complexidade de expandir um negócio sem comprometer a qualidade dos produtos ou serviços. Mariana Maquioni, sócia e CEO do Grupo Supley, enfatiza a filosofia "progresso e ordem depois". Essa abordagem, que inverte a máxima positivista "ordem e progresso", sugere que, em certos contextos, como o dinâmico mercado de suplementos, é fundamental inovar e testar rapidamente, mesmo que isso desorganize inicialmente alguns processos. A prioridade é progredir, e a organização da qualidade virá em seguida. Ela exemplifica isso com a experiência do Grupo Supley, que atua em um mercado com novos públicos e canais surgindo constantemente. A Max Titanium, uma das marcas do grupo, inovou no quesito sabor dos suplementos, um diferencial que impulsionou seu crescimento, e posteriormente adquiriu a Probiótica, uma marca tradicional que precisava de revitalização. A empresa investe em quatro canais de vendas: body shops (lojas especializadas), varejo alimentar, farmácias e e-commerce.

    É possível que a gente precisa progredir e depois ir organizando a qualidade do atendimento, da entrega do produto e assim como entregar pro consumidor.

    A Experiência do BTG Pactual na Pulverização de Clientes

    Marcelo Flora, Managing Partner do BTG Pactual, aborda o desafio de escalar um banco de investimento tradicional para atender a um público mais amplo. Fundado em 1983 focado em grandes investidores, o BTG decidiu, a partir de 2014, investir mais de R$10 bilhões em tecnologia para democratizar o acesso a suas soluções. Esse movimento visava levar a qualidade do serviço a milhões de clientes pulverizados, sem desvirtuar a marca. O receio inicial era que a expansão pudesse arranhar a imagem construída ao longo do tempo. No entanto, o sucesso foi notável, transformando o BTG de um banco com menos de 10 mil clientes em 2014 para milhões de clientes atualmente, com um lucro expressivo, como os R$3,4 bilhões no primeiro trimestre. Flora destaca a cultura empreendedora do BTG, onde os sócios, que detêm 70% do capital (cerca de R$60 bilhões de patrimônio), têm um forte alinhamento de interesses com o sucesso de longo prazo dos clientes, preferindo juros mais baixos para estimular o investimento das empresas.

    Os Erros Comuns no Processo de Crescimento

    Lázaro Carmo, ex-presidente do Grupo Jequiti e especialista em gestão e liderança, compartilha sua vasta experiência em "turnarounds" de empresas. Ele estima que sete em cada dez empresas perdem o controle no crescimento. Segundo Lázaro, as empresas têm duas obrigações mercadológicas: manter a qualidade e crescer. No entanto, muitas erram ao tentar expandir rapidamente, seja pela má alocação de pessoas, contratando baseadas em confiança em vez de competência, ou pela falta de um planejamento financeiro adequado. O capital é um sintoma, não a causa das falhas no crescimento. O verdadeiro problema reside na má gestão interna, que resulta em um fluxo de caixa estressado. Ele ressalta que o profissional capaz de gerir uma empresa de R$10 milhões de faturamento não é necessariamente o mesmo que gerenciará uma de R$100 milhões ou bilhões. A sofisticação da gestão deve acompanhar o crescimento. A ausência de um plano orçamentário detalhado é um erro fatal que compromete a escala de um negócio.

    Metade perde a mão no crescimento, a ultra metade perde a mão colocando gente no lugar errado, contratando pela confiança no amigo.

    O Modelo de Franquias para Expansão: O Caso Hope

    Sandra Chaio, sócia-diretora do Grupo Hope, uma referência em moda íntima no Brasil, é uma entusiasta do sistema de franquias. A Hope, que nasceu como uma indústria, precisou se reinventar e entrar no varejo para continuar crescendo, sob o risco de estagnar. Hoje, com mais de 300 lojas no Brasil e o objetivo de alcançar 1000, o desafio é manter a qualidade em face de tanta expansão. Sandra vê a franquia como uma relação ganha-ganha, onde o franqueado, sendo também um empresário, tem interesse na valorização da marca. A comunicação e o relacionamento próximo com a rede são cruciais para estabelecer padrões e garantir a consistência. O principal desafio para o franqueado é desapegar-se de vaidades e seguir as regras estabelecidas pela rede. A seleção de franqueados é vital; pessoas que desejam inventar ou criar produtos e campanhas próprias não se encaixam no modelo de franquia. O investimento médio para abrir uma loja Hope é de aproximadamente R$500.000, com um payback de 24 meses. A Hope, apesar de suas 60 anos de história, mantém uma mentalidade de startup, buscando inovação constante. Atualmente, 50% das novas franquias são vendidas para franqueados já existentes, demonstrando a satisfação e o sucesso da rede.

    A Função Social do Lucro e o Poder do Desejo Empreendedor

    O apresentador encerra o programa com uma reflexão poderosa sobre a importância do desejo e da vontade de empreender. Ele argumenta que o mundo em que vivemos hoje é resultado de decisões corajosas de homens e mulheres que tiveram um apetite voraz para fazer acontecer. O desejo de crescer, de avançar, não pode ser minado por decepções, dificuldades econômicas ou experiências negativas de outros. Ele cita o exemplo de empresários que atingem o sucesso mas não se acomodam, mantendo o "pezinho no chão" e o brilho nos olhos. O "primeiro milhãozinho" pode ser um teste para muitos, que acabam perdendo tudo por deslumbre. A capacidade de comprar empresas, assumir dívidas estratégicas e abrir novas lojas ou franquias deriva dessa vontade inabalável de realizar. O apresentador enfatiza que o lucro é a principal função social de uma empresa, pois é através dele que se pagam impostos, geram empregos, impulsionam investimentos e fazem o país crescer. A solução para os desafios do país virá dos empreendedores, que, com seu capital em risco, buscam realizar seus sonhos e impactam positivamente a vida de milhões de pessoas.

    Você precisa ter desejo de crescer, desejo de avançar. Isso pode parecer óbvio, meu meu caro amigo, mas não é óbvio.

    Takeaways

    1. Progresso e Ordem: Em mercados dinâmicos, priorizar o progresso e a inovação, mesmo que isso desorganize inicialmente, e organizar a qualidade posteriormente.
    2. Investimento em Tecnologia: A tecnologia é fundamental para escalar negócios e democratizar o acesso a produtos e serviços, mantendo a qualidade.
    3. Gestão do Crescimento: Erros no crescimento são comuns e geralmente resultam de má gestão interna, falta de planejamento orçamentário e inadequação da equipe às novas dimensões do negócio.
    4. Modelo de Franquias: Franquias são um caminho eficaz para a expansão, mas exigem relacionamento próximo, padronização e uma seleção rigorosa de franqueados que sigam as regras da rede.
    5. Importância do Lucro: O lucro empresarial não é apenas um objetivo financeiro, mas uma função social que impulsiona o desenvolvimento econômico de um país através da geração de empregos, impostos e investimentos.
    6. Cultura Empreendedora: O sucesso a longo prazo de uma empresa está intrinsecamente ligado a uma cultura empreendedora, onde a paixão, o foco, a execução disciplinada e a não acomodação são valores centrais.

    References

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